INTRODUÇÃO
Quando o princípio é bíblico, ele funciona em qualquer lugar do mundo e em qualquer momento da História. A Bíblia diz que a igreja primitiva se reunia nos templos e nas casas. Portanto, reuniões da igreja cristã nos templos e nas casas constituem princípios imutáveis da Palavra de Deus e por isto podem e devem ser aplicados em qualquer igreja, de qualquer lugar, tamanho ou denominação.
FUNDAMENTOS NO ANTIGO TESTAMENTO
A expressão “grupos familiares” ou “pequenos grupos” não aparecem nas páginas da Bíblia, mas a existência deles pode ser atestada tanto no Antigo, como no Novo Testamento.
Um dos textos básicos para a criação de pequenos grupos é encontrado no conselho que Moisés recebeu de seu sogro Jetro em Êxodo 18.13-26.
a. Uma multidão com uma multidão de problemas para um só homem resolver.
b. Jetro aconselha a a escolha de homens capacitados, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto, como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez.
c. Os resultados seriam; desenvolvimento de talentos; divisão de fardos e as necessidades do povo foram supridas.
Outro exemplo, nós encontramos quando o povo de Israel era disperso pelas nações inimigas. Em 606-538 a.C. levados para o cativeiro pelos babilônios, em cada cidade onde houvesse pelo menos dez judeus eles organizavam uma assembléia, também conhecida como sinagoga. Onde eles podiam servir uns aos outros e cumpri sua crença.
FUNDAMENTOS NO NOVO TESTAMENTO
Temos o exemplo de Jesus que escolheu doze para estarem com ele e formar o seu colégio apostólico. Desses doze, apenas três formavam o círculo mais íntimo de Jesus, os quais o acompanhavam em momentos muito especiais.
Ele os chamou, preparou e os enviou.
Foram estes doze, com os seus discípulos que deram continuidade à Igreja de Cristo.
A Igreja primitiva
Em atos 2.42-47; A igreja desenvolvia o discipulado com a doutrina dos apóstolos (v.42), a comunhão, no partir do pão (v.42), unidos e tinham tudo em comum (v.44), e participavam das refeições juntos (v.46); exercia a prática de serviço, ajudando os necessitados (v.45); a adoração, com louvor a Deus (v.47) e a evangelização, com os que iam sendo salvos (v.47).
Algumas referências a reuniões nos lares
Atos 12.12; após Pedro ter sido solto milagrosamente da prisão foi à Igreja na casa de ária; onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam.
Atos 8.3; quando Saulo iniciou a primeira perseguição ele entrava de casa em casa para prender os cristãos.
A conversão do primeiro gentio, o centurião Cornélio, ocorreu na sua própria casa – Atos 10.24, 25; 11.3,14.
Em Filipos Paulo pregou na casa de Lídia – Atos 16.13-15. E depois na casa de um carcereiro – Atos 16.31-36.
“ E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e pregar Jesus, o Cristo.” [Atos 5.42].
Não é possível igreja sem templo, nem igreja sem casas. Foi com este equilíbrio que a igreja primitiva cresceu e alcançou o mundo. Se quisermos repetir o crescimento da igreja primitiva hoje, temos que voltar a uma ênfase no templo e nas casas.
CONCEITO: O QUE SÃO GRUPOS FAMILIARES?
É uma comunidade com um determinado grupo de pessoas, realizando suas atividades num rodízio constante entre as casas de seus membros. É lugar onde as pessoas se edificam mutuamente, são evangelizadas, discipuladas e equipadas para se multiplicarem e para servirem.
NECESSIDADES PARA TRABALHAR COM G.F.?
1. Alcançar o maior número de pessoas para Jesus
a. Os que não simpatizam com igreja
b. Os que não freqüentam igrejas por algum motivo
c. Os que moram longe da igreja
2. Desenvolver o ministério leigo da igreja
a. Todos estão envolvidos, todos os departamentos e todos os membros
b. Todos exercem evangelismo, discipulado, aconselhamento, relacionamentos e treinamento de outros líderes.
3. Promover o discipulado eficaz
a. Discipulado um a um
b. Acompanhamento, monitoramento, disciplina, devoção
c. Formar novos discipuladores
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DOS GRUPOS FAMILIARES
1. Mudança de vida dos participantes
a. Por meio da convivência e relacionamento
b. Exercendo a compaixão e promovendo a maturidade cristã uns dos outros
2. Viabilizar a integração de novos convertidos a igreja
3. Desenvolver o convívio relacional
a. Priorizar não a quantidade de pessoas, mas a qualidade de relacionamentos que existe entre elas.
b. Desenvolver o relacionamento dos participantes com Deus por meio da comunhão com os irmãos, da oração, do estudo da Palavra e da Adoração.
COMO REALIZAR OS GRUPOS FAMILIARES?
1. UM SUPERVISOR POR ÁREA; para prestar contar com a coordenação geral e servir de ponte de ligação entre a coordenação geral e os líderes dos grupos familiares.
2. UM COORDENADOR POR CONGREGAÇÃO; para monitorar o funcionamento dos grupos.
3. DETERMINADO NÚMERO DE GRUPOS POR CONGREGAÇÃO; cada um com um líder responsável ara realizar os encontros semanais e compartilhar as atividades com os demais membros para desenvolver habilidades.
Os encontros serão realizados da seguinte maneira;
a. Cada grupo realizará um encontro por semana, e prestará contas por meio de relatórios.
b. Cada grupo dever ter no mínimo três membros crentes e no máximo seis.
c. Cada grupo deve ser realizado com um número máximo de 12 pessoas, quando esse número ultrapassar, o líder do grupo tem a responsabilidade de comissionar um membro para iniciar um novo grupo. Essa é a idéia da multiplicação.
A liturgia dos grupos familiares
o encontro deve ter no máximo uma hora de duração.
a. Inicia-se com uma oração
b. Segue com uma breve conversa compartilhada com os não crentes. A conversa deve ser controlada pelo líder.
c. Um ou dois louvores
d. Uma breve palavra; evangelística e motivação espiritual
e. Compartilhar motivos de oração; os não crentes devem ser motivados a externar suas necessidades de oração.
f. Encerre com um chá.